Revista ANDIGRAF – Edição 28 – SET-OUT/20

Corona vírus infectou o mercado do papel

Nos últimos meses, ficou claro para os donos de gráficas que o mercado de papel e papelão sofreu, como poucos, o impacto da Covid-19. Foi contaminado ainda nas primeiras semanas da pandemia e, contrariando especialistas, prolongou a doença durante todos esses meses, infectando as empresas gráficas e da comunicação.

No início da pandemia, o mercado apresentou sinais leves, que se manifestaram através da falta de alguns produtos, em algumas cidades e regiões.

Mas isso foi se agravando e multiplicando a cada mês, chegando ao pico durante a campanha eleitoral, quando muitos donos de gráficas, em todo o Brasil, ficaram sem papel para atender suas demandas ou precisaram pagar preços exorbitantes.

Esse sintoma é, talvez, o mais grave, que se manifesta através da temperatura dos preços, que não param de subir, atingindo agora índices não previstos pelos maiores especialistas do mercado.

Com este acúmulo de sinais e manifestações da doença, os donos de gráfica foram contaminados com desânimo e aperto na garganta, o que poderá ter sido fatal para a sobrevivência de várias empresas.

Neste sentido e passados sete meses, é difícil enxergar o impacto da contaminação trazida pelas grandes indústrias que dominam o mercado do papel e papelão para impressão e embalagem. Um diagnóstico, porém, já foi feito e recomenda-se que nunca seja esquecido: a falta de concorrência no setor papeleiro é uma espécie de comorbidade que há muitos anos vem causando péssima impressão no setor gráfico. Os sintomas são pesados e exigem urgente tratamento, com aplicação da vacina da livre concorrência, antes que mais gráficas fechem as portas por causa dessa pandemia – como muitas já o fizeram.

Boa leitura!