Edição 26 – MAI-JUN/20

Só nos resta aprender

Está na memória dos brasileiros: Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. A Seleção vinha de duas conquistas, Pelé exibia sua majestade, éramos os melhores. Mas, o Brasil foi eliminado no primeiro turno e a imprensa mundial insinuou que era o fim do nosso sucesso.

Mas veio 1970 e todos conhecem a história. Mesmo sendo bicampeões, o nosso estilo de jogo já não servia mais, a realidade havia mudado. Era preciso inovar, repensar o esquema tático e o estilo de jogo.

O resultado é que a Seleção de 1970 é considerada, por muitos, o melhor time de todos os tempos.

Para chegar a esse estágio, houve uma reviravolta na canarinha, com inovação e a criação de novos esquemas táticos de defesa, armação e ataque, fugindo dos padrões considerados imutáveis. Eis a receita do tricampeonato.

Pensamos nisso ao assistir as palestras dos consultores convidados pela ANDIGRAF. A pergunta que todos os industriais gráficos e da comunicação se fazem, neste momento, é como voltar às atividades após a pandemia. A resposta dos especialistas confere com o modelo aplicado pela Seleção: resolver pendências, desaprender, aprender o novo, reaprender, inovar, mudar para que os velhos problemas não ocorram, atualizar a técnica e os processos, unir o time, estabelecer novas lideranças e parcerias dentro e fora do campo, trabalhar coletivamente.

É ter a consciência que as táticas e estratégias que eram vencedoras, já não funcionam mais. Aposentar as velhas práticas e adotar novos modelos e ferramentas disponíveis. Esta é a lição: quem melhorar a sua forma de jogar, estará mais preparado para ser campeão. A equipe que continuar jogando como sempre fez, estará fora da competição. Foi o que os craques nos ensinaram. A lição sabemos de cor. Só nos resta aprender.

Boa leitura!