Edição 5 – NOV-DEZ/16
05/11/2016EDITORIAL
Perseguição às gráficas
A má fase econômica que o país atravessa afeta em cheio a indústria gráfica do Norte e Nordeste. Além da ineficácia das recentes medidas econômicas do governo federal, que até agora não surtiram o efeito esperado pelos empresários, o setor sofre com o excesso de tributos, taxas e impostos, o aumento da inadimplência e a escassez de crédito, além da perseguição desenfreada de órgãos ligados ao meio ambiente, que não demonstram competência para equacionar os eventuais problemas – sabem tão somente multar. Sem falar do famigerado monopólio na fabricação do papel e o preço absurdo das matérias primas de modo geral, o que fere de morte muitas empresas gráficas de menor porte. E as previsões para 2017 não são nem um pouco animadoras.
O governo, por sua vez, seja em escala federal, estadual ou municipal, vem se esmerando em atrasar pagamentos e dar calotes nas empresas fornecedoras de produtos gráficos. Ou seja, o poder público está nos prejudicando por todos os lados – com a histórica ineficiência de suas medidas econômicas; através da perseguição dos órgãos fiscalizadores e, ainda por cima, dando calotes nas empresas que ainda vendem serviços aos órgãos públicos. É uma punição sem qualquer sentido à indústria gráfica, o que exige, mais uma vez, a reconhecida capacidade de organização e superação do setor. Através dos Sindicatos e da ABIGRAF, precisamos agir coletivamente e buscar saídas para as gráficas de menor porte, antes que o setor por inteiro seja afetado.