Edição 14 – MAI-JUN/18

Edição 14 – MAI-JUN/18

05/05/2018 0 Por Redação

EDITORIAL

O problema do papel

No final do ano passado, estudos previam que 2018 seria o ano da retomada na indústria gráfica.

Chegamos à segunda metade do ano, mas a promessa não se cumpriu. A crise continua forte. Diversos fatores pressionam para baixo, o que deveria ser crescimento.

Dentre eles, sucessivos aumentos no preço do papel produzido no Brasil, a partir de árvores plantadas em solo brasileiro, mas precificado pela variação do dólar americano.

Em 2017, as gráficas enfrentaram aumentos em torno dos 30% no preço do produto. No começo de 2018 houve novo aumento de 10%.

E ameaçam outros reajustes nos próximos meses. Neste setor de elevada concorrência, com forte redução nas tiragens e pedidos, enfrentar tantos aumentos em período tão curto é fator de desequilíbrio para a maioria das gráficas, principalmente as de micro e pequeno porte.

A queixa comum é provocada pela exclusividade no mercado de papel, controlado pelas grandes fabricantes, que dominam cada vez mais a oferta.

Sem concorrentes, estabelecem valores e condições impossíveis de repasse à clientela final dos impressos. Um caminho que resulta no crescente fechamento de gráficas, desemprego, estagnação e perda de mercado para empresas estrangeiras.

Ambiente inimigo dos que produzem e trabalham.

Boa leitura!

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